terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sonhando na Barca

Doce companheiro, já te disse o quanto te amo? Meu fiel Pelarus!

O Mundo nos é adverso e cruel. As gentes são falsas e malévolas. Mesquinhas mentes que apodrecem na sua própria fealdade moral. Ah, tolos! Tolos que são! Nem sabem que a sua perfídia só poderá ser recompensada pelas suas próprias mãos. São eles os seus próprios carrascos.
Feio o mundo em que eles se atolam, infelizes. Quantas voltas ainda terão de rodar a roda...
Mas nada podes fazer, quando eles mordem a mão que lhes estendes.

Partamos nós, então. A brisa sopra promissora no velame da nossa barca. Poseidon acalmou as Vagas e os Tritões nos mostram o Rumo, divertindo-nos com suas cabriolices. Abracemo-nos e sonhemos.

O Horizonte é já ali. Espreita sobre a amurada, convidando para o Dia. Espera-nos a Terra em que os sorrisos são apenas isso; sorrisos. E os frutos pendem das árvores, oferecendo-se luzidios às bocas que os buscam e se saciam.
A Terra em que as ruas são pavimentadas de relva viçosa, de verde frescura, ávida de ser pisada. As praças são jardins e as casas se animam de risos e despreocupação. E nos jardins crescem flores e legumes, que depois decoram as mesas, em torno das quais todos são bem vindos.

Esse é o nosso Mundo, Pelarus.

Sulus o nome da cidade.

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