quinta-feira, 19 de março de 2009

Junto ao rio

Eu e Pelarus caminhámos ao longo da larga alameda que descia da praça central da cidade até ao rio.

Dum lado e doutro da larga avenida árvores proviam sombra para os nossos passos lentamente cadenciados. A relva sob os nossos pés era fresca e repousante. O clima ameno de Sulus não exigia vestes elaboradas e pesadas, pelo que vestíamos apenas túnicas de fino linho e as nossas jóias distintivas.

Chegados à margem do rio, sentámo-nos num murete de mármore à sombra. 
E ficámos olhando as águas no seu contínuo fluir. Tal como a vida; em frente sem retorno.

A brisa corria, levando o silêncio consigo.

Pelarus despertou-me do meu torpor mudo, ao que respondi:
- Porque estou tão pensativo, meu caro?! Porque amigos meus sofrem lá longe. E meu coração chora com eles. 
Mesmo num mundo ideal a vida não é perfeita.