quinta-feira, 31 de julho de 2008

Estio

O Cisne Branco no Lago Prateado.
Pegasus saciando-se na margem. A luz flutua no Bosque das Virtudes qual véu de expectativa. A curiosidade, mais que a ânsia, de antever o que o logo esconde na sua bolsa de encantamenos. Cada momento é uma surpresa!

Peter toca a sua flauta enebriante na névoa trémula do meio-dia. O Sol reina imperial. O Silêncio abafa as vozes que se erguem clamando por Liberdade. Mas o estio é um langor arrastado e doentio, sabotando as vontades. Tudo é longe, tão longe...
Eu me rendo.

Procuremos uma sombra e desfrutemos duma fresca soneca, meu fiel Pelarus. Deixemos a preguiça reinar e nossos corceis recuperar da cavalgada pelos céus do devaneio.
O planeta segue o seu rumo... não temos de o empurrar.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Aurora Fogo Frio

A manhã desperta em laranja-fogo e roxo, anunciando o Sol que ainda se esconde algures nos momentos por vir. Os rastos de fumo dos aviões rasgam o firmamento, com o brilho de raios pressagiadores. A brisa é fria junto ao sapal.

Vem, Pelarus! Meu Amigo! Montemos nossos unicórnios alados e partamos em busca do Amanhã.

As gentes despertam. Das casas emana um rumor de luzes trémulas e calores que se agitam, em busca dum ritmo seu. A rotina toma conta da cidade em presságios nervosos, mas costumeiros.
Alguns grupos dispersos, esperam nervosos a chegada do transporte que os levará sabe-se lá para onde. Talvez nem eles mesmo saibam porquê. Ou porque esperam. O tempo faz-se de chegadas e partidas. Nada mais instável que esse constante fluir de tudo para coisa nenhuma.

Vamos, meu bom Pelarus! Acicatemos as nossas montadas, rumo ao horizonte longínquo. Cacemos! Hoje o sonho é a presa!